Pavilhão de Portugal na Expo'92, Sevilha, 1989-1992

Portuguese Pavillion at Expo'92, Seville, 1989-1992

 1   2  3  4  5   6  7


Uma arquitectura de simbolismo abstracto, com os pretextos e pontos de partida baseados na História, que se autonomiza e depura através da ideia de modernidade e vontade experimental de que fomos primeiros.
A grande parede curva que enfrenta a esquina é brilhante, branca e assimétrica, incompleta no topo, no cimo; como compreendemos o futuro. PORTUGAL - as letras - são esculturas que a encimam, coroam e subvertem leituras. Não já uma presença formalizada e triste, nada de ensimesmamentos; Portugal aqui está, tem oito séculos, como as oito letras do seu nome e é das mais antigas nações da Europa.
Utilizámos depois, uma estratégia urbana: uma praça, um lugar reconhecível e nomeável, um grande meeting point no caos da feira, uma grande esplanada sob a sombra de um apertado ripado de madeira e ferro, sob o fresco regadio de tantos quadrados, de tanta água que envolve e escorrega e murmura por meio cubo de ar livre.
Desenhámos espaços como quem deseja uma emoção. Está lá o programa, a coisa prática que empurrou os nossos gestos e também a luz que no-lo reenviou, essa luz que a exposta matéria conforma e nos mostra relações e comove.
Todo o pavilhão cumpre, assim, o sentido de um desejo.